É inegável que nas últimas décadas a mulher acumulou conquistas no mundo do trabalho e das relações pessoais. Apesar de todos os avanços, contudo, elas ainda convivem com um mundo onde a violência contra elas é uma realidade que assusta. No Pará, existem hoje mais de 25 mil processos em andamento por crimes contra mulheres. Os agressores, em geral, estão dentro de casa ou são pessoas próximas e os casos mais comuns são de agressões corporais, ameaças, crimes contra a honra (xingamentos) e perturbações da tranquilidade (perseguição).
“Essa violência é resultado de uma cultura onde dentro de casa, ainda prevalece a vontade do homem”, diz a delegada Daniela Santos, titular da Divisão Especializada no Atendimento às Mulheres.
Dados divulgados em 2012 apontam o Pará entre os lugares mais violentos para as mulheres no Brasil. Em 2013, o Instituto de Pesquisa Aplicada mostrou que, entre os anos de 2009 e 2011, aconteceram no Pará 768 casos de feminicídios (homicídios de mulheres em razão do gênero), tendo uma média anual de 256 mortes de mulheres.
O Mapa da Violência 2012 mostrou que, em 2011, foram registrados no Pará 10.425 casos de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, a maior parte (83,2%) praticada contra meninas. O Pará ocupa a segunda colocação entre os Estados brasileiros com mais casos de violência contra a mulher denunciados pelo Disque 180, o serviço do governo federal de atendimento à mulher.
Em 2013, o Pará teve aumento de 6,29% nos números de municípios que ligaram para o Disque 180 em relação a 2012. Foram 130 municípios atendidos pelo serviço, deixando o Estado na quarta posição no ranking de municípios que mais ligaram para o serviço em busca de atendimento. Em 2014, o Estado se manteve no segundo lugar do ranking feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. (Diário do Pará)






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