sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Maré alta está destruindo a orla do Caripi

Os impactos da erosão provocada pela maré alta e a correnteza resultaram em um cenário de destruição na Praia do Caripi, um dos cartões postais do estado do Pará, no município de Barcarena, nordeste paraense. A Defesa Civil Estadual estima que cerca de 70% da orla da praia tenha sido afetada pelo fenômeno. Com o apoio da prefeitura municipal, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará fez o isolamento da área para evitar o trânsito de veículos.
Os comerciantes já sentem os prejuízos ocasionados pelo fenômeno natural que já está comprometendo até mesmo a via de acesso à orla e destruiu pelo menos nove barracas e bares existentes no local. Segundo eles, a erosão já vem ocorrendo a algum tempo, entretanto, do final do ano passado para cá tomou proporções maiores.
Presidente do Conselho Fiscal da Associação dos Comerciantes e Moradores de Barcarena, o empresário Laercio Alves de Oliveira, 55, que mora em Barcarena e possui uma pousada e um restaurante na orla da do Caripi conta que os prejuízos estão ameaçando o trabalho de aproximadamente mil pessoas que ganham o seu sustento nos estabelecimentos comerciais localizados na beira-mar.
“Tivemos uma reunião na associação e os empresários estão em vista de dispensar seus funcionários devido a esse problema. Todo mundo que sobrevive do trabalho na praia está sentindo na pele. O movimento caiu desde o final do ano passado e o feriado de Carnaval foi o pior que já tivemos. As vendas caíram e temos que pagar fornecedor, luz e os nossos funcionários”, relata Laercio.
Em meio a tantas dificuldades, os comerciantes esperam por providências emergenciais dos órgãos competentes no sentido de amenizar a situação. “A maré começou a aumentar no final do ano e continua do mesmo jeito. Já estamos com medo da maré que teremos em março. A prefeitura já se prontificou em ajudar, mas também precisamos do apoio do governo, pois a praia é um ponto turístico. Inclusive, amanhã (hoje), haverá uma reunião entre a associação, a prefeitura e o Ministério Público local para debatermos o que pode ser feito de imediato”, garante.
O major Adailton Souza, da Defesa Civil Estadual, explicou que a erosão é em decorrência da elevação do nível do rio. “Estamos aguardando um pedido formal da prefeitura para que a Defesa Civil possa adotar mais procedimentos no local. Fizemos o isolamento da área, através do Corpo de Bombeiros que junto com a prefeitura estão realizando um monitoramento da erosão. Trata-se de um fenômeno da natureza, mas existe a possibilidade de um estudo mais técnico da engenharia para que se faça algum tipo de barreira para conter a maré”, finaliza.
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