sábado, 28 de fevereiro de 2015

Esposas de presos voltam a interditar rodovia BR-316, na Grande Belém

Cerca de 100 esposas de presos do Complexo Penitenciário de Santa Isabel, onde ocorre um motim desde as 6h deste sábado (28), liberam por volta de 10h30 o quilômetro 46 da rodovia BR-316, no município de Santa Isabel do Pará, na região metropolitana de Belém, que seguia interditado parcialmente desde 9h40.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por pouco mais de uma hora as manifestantes formaram uma barreira humana e em seguida queimaram pneus e pedaços de madeira na pista de sentido Castanhal/Belém, impedindo o tráfego de veículos. Equipes da PRF de Ananindeua e Castanhal se deslocaram para o ponto do protesto para negociar a liberação do trecho.
As mulheres dos presos reclamam que os companheiros estão feridos e que a polícia não repassa informações sobre o motim que faz duas pessoas reféns no Centro de Recuperação Penitenciária do Pará I (CRPPI). Segundo a Secretaria de Comunicação do Governo do Pará (Secom), os reféns estão sendo retidos, mas não sofrem ameaça. Homens do Comando de Operações Especiais da polícia negociam a liberação dos reféns.
De acordo com a Superintendência do Sistema Penal, os dois agentes prisionais foram feitos reféns por volta de 6h da manhã deste sábado. Eles teriam sido abordados pelos presos enquanto serviam o café da manhã. A identidade dos reféns não foi divulgada.
Protestos
As esposas dos presos do Complexo Penitenciário de Santa Isabel do Pará alternaram interdições e manifestações pacíficas na rodovia BR-316, em frente ao presídio, para reclamar das condições dos detentos na última terça-feira (24). Na quarta (25), elas voltaram a ocupar uma das pistas da rodovia, que ficou interditada por cerca de 40 minutos, no sentido Castanhal-Belém.
Esposas e familiares de detentos protestam na rodovia BR-316 (Foto: Divulgação / PRF)Esposas e familiares de detentos protestaram
na rodovia BR-316 (Foto: Divulgação / PRF)
Um grupo de mulheres de detentos participou de uma reunião na terça-feira com representantes da Susipe, da 1º Vara de Execuções Penais de Belém, da Corregedoria de Presídios, além de outros  representantes de núcleos da Susipe no auditório do Fórum Criminal da Capital. Durante o encontro, elas relataram problemas enfrentados durante as visitas às unidades prisionais, entre eles excessos cometidos por agentes, e a demora no andamento de processos.

O titular da Susipe, André Cunha, afirmou que iria apurar todas as denúncias e informou que a Superintedência iniciará uma reforma no local onde são realizadas as visitas íntimas, além da realização de um mutirão de saúde em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (Sespa).
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