O juiz substituto da Comarca de Itupiranga, no sudeste paraense, Cristiano Magalhães Gomes, decretou a prisão de seis vereadores do município. Eles são acusados de participar de um esquema fraudulento de empréstimos no banco do estado do Pará, Banpará.
Segundo o Ministério Público, os vereadores coagiram os servidores da Câmara a contraírem empréstimos na agência local do Banpará e repassarem os valores dos empréstimos aos vereadores.
Os vereadores presos foram Derimar Ferreira da Silva, (o Derimar da Colônia; PPS), Jhonnata Baima Vasconcelos (PSC), Nilton Moura Araújo (PPS), Raimundo Nonato Almeida Meireles, (PSB), Isaias Pereira Alves (PMDB) e o advogado Antônio Quaresma.
O vereador Jailton Santos da Silva, (o Jailton da Panificadora, do PSB, que renunciou ao cargo em maio do ano passado), teve também a prisão decretada, mas encontra-se foragido. O advogado foi acusado de produzir uma prova falsa e, mesmo sabendo da situação, teria arrolado no processo de defesa do vereador Raimundo Nonato. No entanto, tudo não passou de equivoco e após ser ouvido pelo juiz, o advogado foi liberado.
O vereador Raimundo Nonato Almeida Meireles vai responder em liberdade por ter sido o delator do esquema. Vai receber o benefício da já conhecida “delação premiada”. Quatro dos seis presos já foram encaminhados para o presídio Anastácio das Neves, no Complexo Penitenciário de Americano, em Belém.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual em fevereiro de 2013 por formação de quadrilha e são acusados de fraudar empréstimos junto ao Banpará. O pagamento dos empréstimos era realizado por meio de supostas diárias realizadas pelos próprios vereadores.
A Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Marabá, vai entrar com pedido para que o advogado Quaresma cumpra a pena em prisão domiciliar. O promotor da Comarca de Itupiranga, Arlindo Cabral Junior, comentou o caso.
Segundo ele, a situação é constrangedora para o município no que ele chama de “mal necessário” para a cidade. “Isso é o resultado de uma ingerência, que segundo denúncias e documentação, alguns vereadores estavam tentando interferir no ânimo de uma das testemunhas chave, que é até um dos acusados, com o intuito de alterar a verdade dos fatos”, declarou. “Então por conta disso foi realizada a prisão, conforme pedido do Ministério Público, e foi devidamente deferida”, disse. (DOL com informações da Sucursal de Marabá/Diário do Pará)
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