terça-feira, 31 de março de 2015

EM ALTAMIRA, ATERRO SANITÁRIO PODE ESTA POLUINDO COMINIDADE RURAL

A construção de um aterro sanitário que está em funcionamento há cerca de um ano pode estar poluindo o solo e a água de uma comunidade rural no município de Altamira, no sudoeste do Pará. O caso foi denunciado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
A construção do aterro é uma das condicionantes que fazem parte do processo de licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte. Oficialmente, o espaço ainda não foi entregue à prefeitura de Altamira. Mas o fluxo de carros de coleta de lixo e de veículos particulares para despejar resíduos é intenso.
Poluição
O agricultor Sebastião Morais diz que a água do igarapé localizado na comunidade de Santo Antônio, a 12 quilômetros de Altamira, mudou de coloração e tem cheiro forte. “Começou em dezembro, mas como era pouco lixo não prejudicou muito. Mas de janeiro para cá ninguém toma banho de igarapé, ninguém pode mais usar a água”, conta.
De acordo com os moradores, o chorume teria escorrido e contaminado a água do igarapé. Aproximadamente 50 famílias residem na comunidade, a maioria dos moradores usa a água do igarapé diariamente para os afazeres domésticos, mas com medo de contaminação eles resolveram fazer poços.
“O problema que a gente está enfrentando é o preconceito do pessoal. Não querem mais fazer parte da comunidade, não usam a água, a terra que tem para vender não vende mais porque as pessoas não querem comprar”, conta Reginaldo de Souza, agricultor.
O MPF recomendou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), juntamente com a empresa Norte Energia e a Prefeitura de Altamira tomem medidas para acabar com a poluição ambiental do solo e da água, causada pelo aterro. Além disso, O MPF recomendou ainda que o local seja monitorado diariamente para evitar a proliferação de urubus que podem colocar em risco os pousos e decolagens do aeroporto de Altamira.
O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Luiz Araújo, disse que o chorume já está sendo tratado e que não há mais contaminação da área próxima ao local, mas que o aterro ainda terá que passar por adequações. “Quando você começa a operar efetivamente um determinado projeto, ele apresenta falhas. Agora nós estamos fazendo essas correções”, explica
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