CABO QUE MATOU ESTUDANTE E FERIU INVESTIGADOR É EXPULSO DA PM DO PARÁ

CABO QUE MATOU ESTUDANTE E FERIU INVESTIGADOR É EXPULSO DA PM DO PARÁ

O cabo da Polícia Militar Evair Dias de Oliveira, acusado de matar o estudante Fábio Monteiro, de 21 anos, e ter ferido o pai dele, o investigador da Policia Civil José Carlos Chagas, foi oficialmente expulso da corporação. 

A decisão do Conselho de Disciplina da PM foi publicada no último dia 22 de janeiro, e confirmada pela assessoria da Polícia Militar nesta quinta-feira (29). Evair foi afastado de suas funções em setembro de 2014. A primeira audiência do caso ocorreu no dia 11 de novembro de 2014 no Fórum de Icoaraci. Parentes e amigos das duas vítimas se concentraram na frente do local e protestaram com faixas e cartazes pedindo justiça. 

Na ocasião, a defesa do réu não quis dar a versão do cabo sobre o crime. Já a acusação pretendia mostrar que o acusado tem personalidade violenta e já teria se envolvido em outros casos de agressão, inclusive dentro do próprio condomínio. Para a esposa do investigador, e mãe da do jovem morto pelo cabo, Juliana Sena, a sensação é de satisfação. 

Entenda o caso 

O policial civil e investigador José Carlos Chagas e o filho dele Fábio Monteiro, estavam chegando ao condomínio Anizio Teixeira no bairro do Parque Verde, quando foram abordados pelo cabo Ivair Dias, que teria questionado o fato deles terem parado para urinar e, em seguida, efetuado os disparos. 

Segundo o Sindpol, o PM Ivair Dias de Oliveira assumiu a autoria dos disparos. Fábio levou dois tiros, e Chagas foi baleado quatro vezes. O policial foi detido na madrugada do dia 1º, mas foi liberado no dia seguinte por ordem da juíza Helen Bemerguy, que alegou falta de evidências. 

No dia 19 de maio, ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, e foi preso novamente. Ele está custodiado na Centro de Recuperação Penitenciário Anastácio das Neves (Crecan), mais conhecido como Presídio de Americano. 

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol), Rubens Teixeira, o houve um erro de avaliação por parte da juíza na liberação de Ivair de Oliveira. "Ele cometeu uma dupla tentativa de homicídio, que hoje se tornou um homicídio e uma tentativa. A gente espera que o judiciário dê uma resposta", disse Teixeira.(G1/PA)