
De acordo com o balanço da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), em Marabá, o número de inquéritos instaurados para o crime de ameaças aumentou 25% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Já o crime de lesão corporal teve redução de 11%.
Os crimes de violência contra a mulher ocupam a terceira posição de crimes mais denunciados. Perdem somente para as ocorrências de perturbação domiciliar e tráfico de drogas.
Segundo a delegada Ana Paula Fernandes, titular na Deam, as mulheres estão procurando mais a delegacia e denunciando mais o agressor. O balanço realizado de janeiro a agosto apontou, no ano de 2014, 72 inquéritos de ameaças e 61 de lesão corporal.
Agora em 2015, o número de ameaças subiu para 90 e o crime de lesão corporal caiu para 54. “Isso é um ponto positivo, pois em tese o crime de lesão corporal afeta mais a mulher do que a ameaça”, explica a delegada Ana Paula.
Outro levantamento, feito pelo serviço Disque-Denúncia, sobre os casos de violência contra a mulher, apontou que 73,5% dos casos da violência acontecem na própria residência, 9% na rua e 17,5% em outros locais. Os dados foram levantados com base em um questionário, realizado com 200 pessoas, que anonimamente recorreram ao serviço.
A pesquisa aponta que em 97,5% dos casos o agressor vive com a vítima, sendo na maioria das vezes o marido, aparecendo 142 vezes. Em 56% dos casos, o autor da agressão consome bebida alcoólica ou drogas. A maioria das vítimas revelou que 27,5% dos casos ocorrem há mais de um mês e 18,5% há mais de um ano.
A maioria dos crimes acontece com frequência diária ou uma vez por semana. A crueldade assusta quando se analisa o tipo de violência praticada, uma vez que 82% das denúncias são por agressão física, 33% ameaça de morte e 55% verbal.
Também constam violência sexual (7%) e cárcere privado (25%). Entres os tipos de agressões 132 casos foram apontados com socos, em 34 deles o uso de facas, além de arma de fogo, chutes, empurrões, estrangulamento, uso de pau e até cigarros. (Diário do Pará)
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