Escolas do 2º grupo abrem desfile em Belém
Deixa falar, nosso povo cantar com a aldeia delirar, nesse voo eu vou também, meu papagaio não empino com ninguém”. Com esse ritmo, o Grêmio Recreativo e Carnavalesco Deixa Falar abriu oficialmente o desfile do carnaval de Belém/2015. A Aldeia Amazônica ficou colorida para ver as escolas de samba passarem e cantar sambas-enredo para todos os gostos. Na primeira noite do carnaval, desfilaram oito escolas do 2º grupo, com o tempo de 40 minutos para cada agremiação.Representando o bairro da Cidade Velha, a escola Deixa Falar foi a primeira a desfilar com o tema da brincadeira da pipa ou simplesmente papagaio de papel. Segundo a diretoria da escola, a escolha do tema foi uma junção do símbolo da escola, o papagaio, e a prática de empinar pipa, considerada uma das mais antigas do mundo. À noite não tinha muito vento, mas os grupos de alas e harmonia da escola tentaram mostrar, ao longo do desfile, todas as etapas da brincadeira, desde a confecção da pipa até a empinação propriamente dita.
PIPA
“Foi uma forma singela de homenagear uma brincadeira saudável que todo mundo gosta”, disse o carnavalesco Sidney Rodrigues. O ponto alto do desfile da Deixa Falar foi o último carro alegórico todo decorado com papagaio de verdade e que teve como destaque o grande homenageado da noite, Mestre Cobra, mais conhecido como o artesão do papagaio de Belém.
Com 65 anos de idade e 50 de confecção de pipa, Cobra sobrevive do trabalho com os papagaios e abastece os principais grupos comerciais do gênero na cidade. “É uma honra estar aqui nesta noite sendo homenageado no primeiro carnaval que participo”, disse ele.A segunda escola a desfilar na avenida foi a Grêmio Recreativo Império Rubronegro. Com tradição no carnaval desde 1975, quando a agremiação era apenas um bloco de rua da Pedreira, a escola homenageou a personagem histórica Xica da Silva com o tema “Miscigenação: esplendor de uma nação”.
Os 800 brincantes da escola representaram a mistura de raças, povos e etnias do país. A comissão de frente fez bonito na avenida reproduzindo as tribos indígenas. Os carros alegóricos também representaram a coroa portuguesa e as mulheres escravas.
O público que compareceu à Aldeia Amazônica vibrou com as escolas. “Adoro carnaval e faço questão de trazer a minha família para participar dessa festa, que é de todos os brasileiros”, disse o artista plástico André Campos. O carnaval de Belém prossegue na noite de hoje com o desfile de quatro escolas do grupo especial.
(Diário do Pará)
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